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  • Meninos, moleques, menores… Faces da infância no Recife 1927 – 1937


    Autor do Livro:
    Ano: 2008
    Tipologia Documental: ISBN / Numeração Local

    Descrição:

    Os documentos que retratam o mundo da infância nas ruas e nas prisões do Recife, são documentos que nos falam de histórias de meninos. Meninos que vendiam jornais e eram atropelados pelos bondes durante o trabalho, meninos que carregaram frete, meninos que furtavam comida no Mercado de São José, meninos envolvidos em brigas de ferimento e até de morte. Meninos que se tornaram “menores” e que passaram a carregar a pecha de vagabundo, gatuno, vadio e delinquente. O objetivo do nosso trabalho é de historicizar o cotidiano dos meninos nas ruas e nas prisões do Recife, tendo como problema central da nossa investigação a análise de como e por que essas crianças e jovens que viviam no mundo das ruas e/ou do trabalho foram recolhidas na Casa de Detenção do Recife, nas escolas correcionais e em outras instituições de confinamento, durante o período de 1927 a 1937. A delimitação cronológica da nossa pesquisa se justifica por ser 1927 o ano da promulgação do Código de Menores, quando vamos analisar como os desdobramentos da criação desse aparato jurídico e assistencial nos seus primeiros dez anos. O ano de 1937 marca o fim do governo constitucional de Getúlio Vargas e o término da interventoria de Carlos de Lima Cavalcanti em. O Código de Menores de 1927, marco histórico da assistência à infância no Brasil, nasce dos interesses desses setores da sociedade, sob a égide da moral burguesa, das medidas punitivas e disciplinares construídas a partir da lógica policial, sendo legitimado pelo discurso científico dos especialistas da infância. Contudo, não podemos deixar de lembrar que frente às medidas disciplinares existiu a antidisciplina, frente às estratégias de controle e coerção existiam as mais diferentes táticas de driblar as normas e os códigos impostos. Problematizar a infância e o universo que a norteia é descobrir mundos inexplorados, onde as brincadeiras e as estripulias podem ser confrontadas com as mais variadas práticas de controle e coerção. A partir dessa perspectiva, construir a história desses meninos nos leva a investigar o lugar dos excluídos na história.

     



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